domingo, 17 de novembro de 2013

Harrisville

A casa da família Perron
Antes de Amityville, existiu Harrisville, uma casa com tantos assassinatos, suicídios hediondos que a tornaram o que ela é ainda hoje, uma casa mal assombrada.
Ed e Lorraine Warren no museu oculto que existia no porão de sua casa.
Ed e Lorraine Warren são investigadores de atividades paranormais desde a década de 1950, quando se casaram. Ed era um demonologista e Lorraine uma médium clarividente (o casal perfeito), sua história começa em 1952, quando os dois fundaram New England Society for Psychc Researchgation (N.E.S.P.R.) e abriram um museu de ocultismo em Monroe, Connectcut. Durante a carreira, eles já investigaram mais de 4.000 assombrações, incluindo o mais conhecido, o caso de Amityville.
No filme que fora lançado este ano, 2013, The Conjuring , conta a aterrorizante história da família Perron que fora atormentada por uma década por assombrações na casa de Harrisville, Rhode Island. Os Warren afirmam que o caso conhecido como "Harrisville Haunting" ou "Perron Family Haunting", foi a investigação mais intensa, perturbadora e importante de suas carreiras. A família constituída por Roger, e sua esposa, Carolyn e suas filhas, Andrea (Annie), Nancy, Christine, Cindy e April sofreram por 10 anos, de 1970 a 1981, na "casa dos sonhos" (isso já ta meio clichê).
As assombrações começaram logo que eles colocaram os pés naquela casa. Roger e Carolyn Perron queriam uma "vida mais tranquila" no campo, e eles compraram a casa dos sonhos no inverno de 1970, a "velha fazenda Arnold", que se localizava em Harrisville, Rhode Island, que tinha quase 81 mil metros quadrados e possuía uma das plantações originais na área levantada pelo colono John Smith, em 1680 e transferida para Roger Williams para a formação do estado de Rhode Island. Localizada na estrada Round Top, a "adorável e charmosa" (sarcasmo puro) casa de campo de 10 cômodos foi construída em 1736 em um belo terreno e com espaço de sobra para as cinco filhas correrem e brincarem. Nancy e Christine Perron compartilhavam um quarto, Cindy e April outro, e Andrea só um quarto para ela — esceto nas noites que em que, sua irmãs, como dizia Andrea, "vinham rastejando até sua cama, corando e tremendo de medo".
A família Perron sabia que algo estava errada com aquela casa, quando colocaram os pés na casa. Logo , eles descobriram que oito, isso mesmo, OITO gerações de família foram aniquiladas na sua linda e formosa casa nova, incluindo a senhora John Arnold, de 93 anos, que se enforcou (sabe-se lá porque) nas vigas do celeiro da casa.
a forca que a Senhora Arnold usou para se matar
Além dela, várias pessoas se suicidaram também, se enforcado, e envenenando, e um crime hediondo, o estupro e assassinato de Prudence Arnold, de 11 anos — mais tarde presumindo-se que fora assassinada por um peão da fazenda —, dois afogamentos no riacho localizado perto da casa, e quatro homens que congelaram misteriosamente na casa. E, quando a família Perron comprou a casa, o corretor de imóveis desse: "Deixem as luzes acesas durante a noite"(é, essa casa é dos sonhos mesmo).

A princípio, alguns fantasmas eram amigáveis e inofensivos, afirmaram os Warren. Descritos como opacos ou pouco sólidos na aparência, havia muitos espíritos presentes naquela velha casa. Um fantasma que cheirava a flores era amigo de um que, gentilmente ia para os quartos das meninas, e lhe davam uma beijo de "boa noite". Outro parecia ser um pequeno jovem garoto que as meninas viam, hipnotizadas, empurrar carrinho de brinquedo por uma mão invisível.
Uma outra aparição, possivelmente de um fantasma feminino, era uma presença bem vinda na casa. Os Perron sempre ouviam o barulho de alguém varrendo o chão de sua cozinha. Quando entravam no cômodo, sempre viam a vassoura que tinha sido movida para um local diferente de onde costumavam a deixar, com um belo monte de terra recém-varrido no meio do chão, esperando ansiosamente para ir ao lixo.
Manny era outro espírito bem vindo da casa, que as crianças amavam. Acreditavam que o espírito era de Johnny Arnold, que cometeu suicídio enforcando-se no porão da casa em 1700. Manny parecia diante das crianças, muitas vezes em pé, assistindo silenciosamente suas tarefas diárias e mantinha um sorriso torto no rosto divertindo-se com as brincadeiras das crianças. Se tivesse um contato visual com Manny, ele iria embora tão repentinamente quanto aparecia.
Além de imagens fantasmagóricas, os Perron testemunharam muitos outros fenômenos inexplicáveis. Camas levitavam alguns centímetros no chão, um telefone que, pairou no ar e caiu bruscamente no chão batendo a base dele, quando alguém entrou na sala, e vários objetos pairavam na casa por conta própria. Muitas vezes cadeiras eram puxadas de repente de um convidado desavisado e fotografias caiam das paredes. Eles afirmaram que, uma vez sangue alaranjado vazou pela parede, e simplesmente se dissolveu, do nada.
Já alguns fantasmas não eram nem um pouco amigáveis dizia a família. Alguns puxavam as pernas ou os cabelos das meninas a noite, outros batiam na porta da frente da casa com tanta força, que a casa tremia. Algumas portas fechavam sozinhas enquanto outras permaneciam no lugar, impossíveis de serem fechadas, não importava a força (só o Chuck Norris pra fechar elas) que eles faziam, elas permaneciam no lugar. Uma entidade mantinha toda a família acordada, pois choramingava: "Mamããããe! MAMÃÃÃÃÃÃÃÃE!!!" enquanto outra torturava Cindy, de 8 anos, dizendo sem parar: "Há sete soldados mortos enterrados na parede". Os Perron também lembram de um espírito de uma criança que vagava e choramingava pela casa, procurando a mãe.
Um dos espíritos era tão mau, que a família Perron não revelou até agora, oque ele fez com eles. Andrea Perron, que escreveu uma trilogia, House of Darkness, House of Light, sobre a experiência na casa, deu a entender que o espírito inominável pode ter molestado algumas das meninas. Quando perguntado sobre o espírito numa entrevista, ela evitou a questão,  dizendo ao repórter:
"Vamos apenas dizer que havia um espírito masculino muito ruim na casa, com cinco garotinhas"
O túmulo de Bathsheba Sherman
Bathsheba Sherman foi uma praticante de bruxaria que morreu no século XIX se enforcando numa árvore.
Bathsheba tinha como o alvo, especificamente, a senhora Perron. Os Perron não eram muito religiosos , e essa fragilidade na fé foi, teoricamente, tida como um fator primordial para a natureza particularmente violenta e ativa de Bathsheba com a família Perron. Esta teoria foi reforçada quando se soube que o único morador anterior a não relatar quaisquer ocorrências estranhas na casa era de um pastor de uma igreja local. Lorraine Warren explicou porque isso foi tão importante:
"Você só tem sua fé como proteção. Eu sempre tive minha fé. Deus me protegendo me permitiu fazer isso. Na quele momento particular, os Perron não tinham religião — e isso foi muito perigoso"
Bathsheba era uma horrenda e desprezível criatura, descrita como tendo um rosto "semelhante a uma colmeia de abelhas desidratada" coberta por teias de aranha, sem características humanas, exceto pelos vermes que rastejavam através de fissuras em sua pele enrugada do rosto. Sua cabeça, redonda e cinza, ela inclinada para um lado, como se seu pescoço tivesse sido quebrava e um mal cheiro, de carne podre, impregnava no ar quando estava presente.
Bathsheba Thayer nasceu em 1812 em Rhode Island e se casou com Judson Sherman em Thompson, Connectcut em 10 de Março de 1844 aos 32 anos. Em 1849, teve seu filho, Herbert L. Sherman. Bathsheba vivia na solidão, e era excluída da comunidade onde vivia, pois fora acusada de matar seu filho como um sacrifício a Satã. Não se sabe ao certo se Bathsheba era uma bruxa, há apenas relatos. Quando o seu filho fora morto, ele estava sob os cuidados da mãe, e, quando foram examiná-lo, o bebê fora encontrado com uma grande agulha de costura enfiada na cabeça. Por falta de provas, o caso foi abandonado. Acredita-se que ela teve mais três filhos, que ambos foram morreram sem chegar aos sete anos de idade. Bathsheba morrera aos 73 anos, e quando o médico legista viu o corpo, ele se surpreendeu, seu magro corpo havia se solidificado assustadoramente, aparentemente se transformando em pedra.
Foi fácil perceber que Bathsheba tinha seu favoritos da casa. Ela torturava Carolyn, Cindy enquanto cobiçava o sr. Perron. Sempre que ele estava em casa, aparelhos quebravam com frequência, para que Roger Perron fosse para o celeiro para concertar os aparelhos. Enquanto ele trabalhava, muitas vezes, ele sentia Bathsheba tocá-lo nas costas, acariciá-lo no pescoço ou passando suas mão em suas costas. Porém, enquanto Bathsheba desejava Sr. Perron ,detestava Sra. Perron. E fica na cara que ela queria Carolyn fora de casa.
Um artigo de agosto de 1977 no jornal local, descreveu a aparência de Bathseba:
"A Sra. Perron disse que acordou numa manhã antes de amanhecer (logicamente às 3 da manhã, o horário do Demo) e encontrou uma aparição ao lado de sua cama: a cabeça de uma velha pendurada de um lado sobre um velho vestido cinza. Havia uma voz reverberando:'Saia! SAIA! Eu vou levá-la para fora com morte e tristeza.'"
No início, ela tratava Carolyn de forma apenas "cruel". Carolyn fora belisca, esbofeteada, e teve objetos jogados nela. Seu maior medo, fogo, foi logo descoberto pela entidade e usado repetidamente para aterrorizá-la. Bathsheba colocava fogo em sua cama, e exigia que saísse da casa imediatamente.
Com o passar do tempo, os ataques foram piorando. Como por exemplo, um dia Carolyn estava deitada no sofá quando sentiu uma dor aguda na panturrilha quando examinou a perna encontrou um grande ferimento sangrando que parecia como se uma agulha de costura grande tivesse espetado sua pele. Mais tarde, após várias ameaças frustadas para que Carolyn deixasse a casa, Bathsheba tomou um rumo diferente e tentou invadir Carolyn por dentro. Acreditando que Carolyn tivesse sido possuída, os Perron chamaram os investigadores paranormais Ed e Lorraine Warren, e é aí que os nossos heróis entram em cena.
Os Perron ouviram falar dos Warren depois de uma palestra pública e insistiram com eles a ajudar a salvar sua mãe. A essa altura, acreditava-se que Carolyn estava possuída por Bathsheba fisicamente, e isso Ed Warren não poderia discordar.
A filha, Andrea Perron que lembrou da noite do exorcismo ocorreu:
"A noite que pensei que minha ia morrer foi a noite mais terrível de todas. Ela falou com uma voz que nunca tínhamos ouvido antes e uma força que não é deste mundo a jogou a 6 metros de distânçia em outra sala."
Infelizmente, a verdadeira história da assombração da família Perron terminou de forma diferente do que a na retratada em The Conjuring, o filme baseado na história. Na realidade, os Warren não tiveram sucesso ao tentar libertar Carolyn de Bathsheba. Carolyn Perron se lembrou da "terrível noite" e explicou que, apesar das intensões dos Warren  serem boas, eles perceberam que as coisas "pioraram em torno deles". Como a situação ficou fora de controle, Roger Perron exigiu que os Warren deixassem o local imediatamente.
Apesar das circunstancias infelizes, as restrições financeiras manteve a família Perron enraizada no lugar por 10 longos e insuportáveis anos. Incapazes de fugir, eles suportaram as inconveniências dos "espíritos bons" e as torturas da dos "espíritos maus" e ainda mais Bathsheba. E então, finalmente em 1980, com a insistência de Carolyn, os Perron estavam financeiramente capazes de desocupar a casa, e se mudaram para Georgia.


O Filme
O filme The Conjuring de James Wan, relata a experiencia da família Perron em sua casa, em Harrisville.
Na minha opinião, o filme é muito bom, mas, eu acho que ele não é muito fiel á história. Mas, tirando isso, o filme é nota 10.
No começo do filme, vocês vêem uma boneca, chamada Anabelle (que será o próximo post). Ela é uma boneca real, mas, na vida real, ela não é de porcelana, e sim de pano. James Wan fez um belo filme, e me impressionou muito, a cada susto acontecia isso:
 E no set de filmagens, aconteceram coisas estranhas.
"Durante as filmagens, algumas coisas estranhas aconteceram" revelou Vera Farminga, que interpreta Lorraine Warren. "Aconteceu a uma das atrizes a mesma coisa que acontece com a personagem Carolyn Perron. Além disso, os alarmes de incêndio disparavam constantemente sozinhos, e precisávamos sempre checar o cenário antes de trabalhar." E tem mais: "Cheguei a ter arranhões estranhos na minha perna, parecidos com os que acontecem no filme. Tirei uma foto e mostrei a Patrick. Não sei como aconteceu, a não ser que eu tenha sido mordido por um mosquito e coçado com apenas três dedos. Dias depois, eu estava conversando com James sobre os arranhões, mas a conversa mudou para a personagem e mostrei a ele umas pesquisas que tinha feito. Depois de conversarmos, abrimos uma janela no computador onde apareceram três barras. E elas desapareceram sozinhas, isso foi algo muito estranho".
E o diretor também relatou: "Durante um dos dias em que Lorraine nos visitou no set ela me falou que tinha lago num dos quartos do set" James retrucou, mas Lorraine insistiu: "‘James, não estou falando da casa. Estou falando dos objetos que existem nela’. Acabei descobrindo que a minha produtora de arte havia decorado o set com coisas reais que encontrou perto de Wilmington em casas antigas. Lorraine disse que sentiu a energia vindo dos armários, da cama, de coisas assim. Foi impressionante.”
Até no set aconteceram coisas estranhas, boo.
Bom, no final todos acabaram ganhando. The Conjuring é um dos melhores filmes da atualidade, faturou MUITO dinheiro. Esse filme eu recomendo, é muito bom, James Wan se supera a cada filme.

Fontes:http://www.assombrado.com.br/2013/09/harrisville-historia-real-do-filme.html
http://villains.wikia.com/wiki/Bathsheba_Sherman
http://pipocamoderna.com.br/james-wan-invoca-o-mal/273909

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