Dia 20 de Novembro, amanhã, será o Dia da Consciência Negra, que é dedicado à reflexão sobre a condição das pessoas negras do Brasil.
Essa é a mesma da data do dia em que Zumbi dos Palmares morreu, em 1695. Zumbi dos Palmares foi um importante líder de quilombos, que foi morto injustamente.
Os grupos de escravos fugidos no Brasil recebiam o nome de quilombos ou mocambos, e seus membros eram chamados de quilombolas, calhambolas ou mocambeiros. Em Angola, também eram chamados de quilombos os lugares para onde escapavam os homens e as mulheres que tinham sido capturados para serem vendidos para os europeus.
A formação de quilombos foi uma forma de luta escrava comum em vários períodos e regiões do continente americano. Desde o século XVII até os anos finais da escravidão, no século XIX, muitos africanos e seus descendentes continuaram se refugiando em quilombos, construindo histórias de luta pela liberdade. Normalmente, os quilombolas se estabeleciam em locais quase inacessíveis. Vários quilombos foram criados na Guiana Holandesa (atual Suriname), em Nova Granada (atual Colômbia) e em outros lugares. No Brasil, foram em muitos estados, como em São Paulo, Rio de Janeiro, Pará, Minas Gerais, Mato Grosso, Goiás Rio Grande do Sul, Maranhão, Bahia, Alagoas e Pernambuco.
Em Pernambuco, o maior e mais duradouro quilombo chamado Palmares, liderado por Ganga Zumba de 1656 a 1678. Lá, várias expedições militares foram organizadas para destruir o quilombo. Palmares resistiu por 65 anos, de 1629 a 1694, que residiram mais de 20 mil habitantes, ou mais, segundo o governador de Pernambuco. Pressionado pelos ataques dos colonos de origem européia, Zamba fez um acordo com o governador de Pernambuco. O acordo previa liberdade para os negros que nasciam dento de Palmares, com a condição de serem devolvidos aos antigos senhores os escravos recém-chegados ao quilombo. O sobrinho de Zumba, Zumbi, liderou um grupo que não concordava com o acordo. Zumba foi destituído e assassinado, e Zumbi passou a liderar os palmarinos e a comandar a resistência contra vários ataques contra o quilombo.
Domingos Jorge Velho
Em 1691, o governo e os senhores de engenho contrataram Domingos Jorge Velho, um bandeirante português nascido na colônia do Brasil caçador de índio, sendo que ele era tetraneto de índio — e por causa disso eu fiquei indignado, pois qualquer brasileiro tem que ser parente de algum índio —, e seus comandados para para atacar Palmares, o que aconteceu em 1692. O plano de Jorge era cercar o quilombo, e matar os seus defensores liderados por Zumbi. Os quilombolas resistiram com unhas e dentes, quando os homens de Jorge recuram, descobriram que a população de Palmares havia sido dizimado.
Mas, o terror não parou por aí, um novo ataque comandado por Jorge, dessa vez mais forte, com 6 mil homens, enviada pelo governo — uma desgraça e injustiça o que o governo da quele tempo fazia —. Todos os homens bem armados e vestidos para matar, os habitantes de Palmares foram pegados desprevenidos e mais uma batalha, que durou um mês, fez com que a população fosse massacrada.
Zumbi conseguiu escapar, fugindo pela mata com um grupo pequeno de pessoas. Após dois anos de perseguições, Zumbi fora encontrado, e cortaram-lhe a cabeça, e depois a colocaram na praça pública, para todos verem como se fosse uma intimação: "Se vocês desobedecerem seus senhores, isso irá acontecer."
Acredito que a condição das pessoas negras atualmente tem a ver com a história do Brasil, repleta de racismo, preconceito e injustiças sociais. Cabe a cada um de nós mudar.
Aruã, muito boa a sua reflexão. Concordo com você que a condição atual tem a ver com a história do Brasil, e também com outras tantas histórias. Existe muito preconceito, muito racismo, muitas injustiças. E existem também muitas pessoas que se colocam contra tudo isso. O dia consciência negra não se resume a um dia. Grande abraço.
ResponderExcluirAdorei Aruã, importante ressaltar que o quilombo não ficou no passado, ele se atualiza no presente e hoje é um dia importante para refletir sobre as lutas passadas, presentes e futuras de todos os negros e negras. Dá uma olhada aqui: http://quilombosconaq.blogspot.com.br/. Abraços!
ResponderExcluirmuito bacana, Aruã!! e gostei demais de você terminar o texto com essa chamada de que "cabe a cada um de nós mudar". beijos
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