Ela não sabia por que fizera aquilo. Ela nem tinha uma consciência do que iria fazer mais tarde. Mas sabia que queria vingança. Vingança de todos aqueles que fizeram mal a ela naquele frio dia de primavera, de 1977, e, quando viu a navalha ensanguentada depois de golpeá-lo várias vezes aquele filho da puta, não sentiu culpa, nem medo e nem remorso, mas liberdade.
Acabara de fazer a sua primeira vítima. Ela o fez sofrer tanto antes de morrer. Primeiro o seduziu, depois o dopou, que quando menos esperava estava no lugar onde ele e seu filho, e os seus dois amigos abusaram dela. Era uma bela floresta a beira de um lago. Primeiro, pegou um taco de beisebol e o golpeou várias e várias vezes, só parando quando estava no chão, com um pouco de sangue saindo de sua nuca. Ele se arrastou de dor, e estava suplicando para ela não fazer mais aquilo, mas ela o olhava com um sorriso no rosto. O sorriso frio da morte. Bateu mais nele, espirrando sangue em sua cara, e na sua camisa e sua calça boca de sino. Quando estava prestes a morrer, ela pegou a navalha e cortou a sua garganta. Ela não a cortara profundamente, só com um centímetro de profundidade, assim ele sofreu mais ainda, e quando finalmente o seu corpo ficou sem vida, ela gargalhou, e depois cuspiu nele.
Se lembrara de antes ter ido a igreja da pequena vila do interior, pedir perdão pelo o que ela iria fazer depois depois de sair da casa de Deus. Ela não ligava para mais nava, só estava sedenta de raiva e vingança. Aqueles malditos filhos da puta, porque tiveram que fazer aquilo com ela, e com a sua irmã. Voltou para casa. Não queria mudar de roupa, queria que, antes de matá-los, ver a própria morte em pessoa, cheia do sangue dos malditos bastardos.
Se olhou no espelho, e tocou na cicatriz na bochecha esquerda. Logo, saiu de lá e fora até a cozinha, pegando um enorme cutelo e uma enorme faca de açougueiro. Só queria saber o que aquelas duas belezinhas iria fazer ao enfiá-las neles.
Quando saiu do carro, coincidentemente, os viu a beira do lago e decidiu jogar um "joguinho" com eles.
Não demorou muito, ao notá-la. Ficaram pasmados ao vê-la do outro lado do lago. O filho do pai que acabara de matar, foi ao seu encontro. Ele não achou estranho ela estar com pingos de sangue. Os dois amigos foram em bora. Não devia ter feito isso. Ela começou a correr, e ele seguiu ela, a perdendo de vista. E sentiu algo duro batendo na cabeça dele, e logo caiu no chão, agonizando de dor e a chamando de todos os palavrões. Ela dava o seu gélido sorriso, e percebeu o que ela queria fazer ao tirar a enorme faca de açougueiro de sua calça jeans. Ele se arrastou, mas ela encravou a faca nas costas dele, que soltou um grito enorme. Ela o golpeou mais quatro vezes nas costas, e achou estranho ele ainda estar vivo e berrando de dor. O virou e olhou bem no fundo dos olhos dele, e o esfaqueou na barriga, rompendo uma artéria fazendo espirrar sangue na sua cara e cabelo.
Saiu de lá, ouvindo as berros dele que iria parar minutos depois. Agora faltava os dois, e sabiam onde estavam. Na casa deles. Os irmãos gêmeos. Eles a fizeram sofrer mais, e guardou eles para o gran finale.
Não teve problemas de entrar lá, pela porta de cozinha. Ela se esquecera da faca de açougueiro na sua segunda vítima, mas pegou outra no faqueiro. Subiu a escada e viu o primeiro no banheiro, tomando banho na banheira. Ele estava praticamente dormindo. Ela pegou uma toalha e enfiou na sua boca, o sufocando. Ele a olhou pasmado e ela enfiou a faca na verga dele, e ele tentou se levantar, estava espirrando sangue para todos os lados. Ela pegou a chave do banheiro, o tirou do trinco, e deu uma última olhada nele, que caíra na banheira já cheia de sangue. Ela sorriu e fechou a porta do banheiro, a trancando. Foi até a última porta do corredor, que era onde ele estava, fumando maconha e pelado. Uma mulher estava no banheiro, tomando banho. Quando a viu ensanguentada, não fez nada. Estava tão chapado que nem se importava se o próprio Diabo estivesse lá. Mas ao invés do Diabo, era a Morte. Ela viu a lança do se lado, e teve uma ideia melhor. Jogou a faca no chão e pegou a lança. Ele nem perguntara o que ela ia fazer, só via oque ela fazia e tragava mais. Ela enfiou a lança em sua barriga e ele logo gritara. Ela saiu do quarto, e a mulher que estava tomando banho no banheiro da suíte, viu aquilo horrorizada. Ela entrou num quarto e a deixou a porta entreaberta. A mulher passou pelo corredor. E ela saiu do quarto, deu só mais uma olhada nele e riu. Correndo, saiu da casa por onde entrara voltou para a sua casa.
Não dera a mínima pelo o que acabara de fazer. Só tomou um banho, e notou um amontoado de pessoas e um carro de policial na frente da casa. Quando perguntara o que estava acontecendo a uma mulher, que dissera que duas pessoas morreram na casa, ela disse:
"Oh, não." Fez de tudo para não soltar um berro de tanto rir, mas ao invés, deu um sorriso e acendeu um cigarro, enquanto os corpos dos dois em sacos pretos eram levados para uma ambulância.
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