sábado, 22 de novembro de 2014

The Exorcist

Taí um livro que é pra marcar a vida de qualquer um que terminar de lê. O livro escrito por William Peter Blatty, é um ótimo exemplo da luta do bem contra o mal, para salvar a vida de uma criança inocente. E essa criança inocente é Regan MacNeil, uma pré-adolescente de doze anos, filha de uma atriz de cinema, Chris MacNeil, uma mãe solteira, que sofre com os problemas psicológicos que sua filha repentinamente tem, sem nenhum motivo aparente.
Meu caro leitor, se você gostou da ótima adaptação (com o roteiro escrito por Blatty, também), você vai adorar esse livro. As cenas são mais grotescas e arrepiantes, além de perturbadoras.
Temos muito disso e não precisamos de Satanás para criar nossas guerras. Conseguimos criá-las sozinhos... Sozinhos. Pag. 304


E a escrita... Ah, a escrita orgásmica de Blatty me fez ter prazer em cada palavra, cada ponto, cada página, e é esse o exemplo de escrita que só conseguimos encontrar em escritores veteranos, como o querido Stephen King.
O jeito dele escrever te agarra pelo coração, o que te faz amar o livro e não parar de ler ele. Olha, sinceramente, esse livro me marcou. Uma parte porque eu AMO terror (se você já viu os outros posts do meu blog já deve estar na cara) e outra parte, porque eu AMO livros.
Assim como o brilho breve dos raios de sol não é notado pelos olhos de homens cegos, o começo do horror passou despercebido; com o guincho do que ocorreu em seguida, o início foi, na verdade, esquecido e talvez não relacionado de forma alguma ao horror. Era difícil de saber. Pag. 21
E realmente o início do horror vei despercebido. Eu acho que o início foi tão rápido e repentino que nem a pessoa que mais amava aquela doce garota, no caso a mãe dela, percebeu o horror que se apossara centímetro por centímetro da garota.
Como diz na orelha da capa da edição de quarenta anos do livro, feita pela editora Agir, o mal toma várias formas.
E, aqui nesse livro, o mal toma forma de uma criança que aparentemente era inocente e defesa, mas que logo se transforma em um monstro repulsivo, perverso e inescrupuloso.
Por doze anos da vida de Chris MacNeil, uma atriz, desde que teve a sua filha, Regan, não poderia ter sido a melhor, mas, é claro, com apenas o divórcio conturbado que ela teve. Mas isso não importava, até Regan completar doze anos. A vida da atriz americana dá uma reviravolta quando sua filha começa a apresentar alguns distúrbios comportamentais e mentais. Ela recorre para a medicina, que tenta ajudá-la, mas não consegue. Os médicos dela recomendaram um padre psicólogo, Damien Karras, que está abalado por causa da morte de sua mãe, e acredita que está perdendo a sua fé. Quando ele tenta ajudá-la, ele se vê em ma posição difícil. Parecia que Regan, se culpando pelo divórcio de seus pais, criou personalidades múltiplas, e finge estar possuía por alguma entidade. Ele tenta de tudo para ajudar a pobre mãe, e chega em uma conclusão: Regan não sofre de nenhum distúrbio. Ela está possuída por um demônio. E, com a ajuda do padre Merrin, que havia confrontado com o demônio anos antes, tenta exorcizar a garota, ma sem perceber que terá um fim trágico.
O pior é que esse livro é baseado em fatos reais, ocorrido em Georgetown, em 1949, contra um garoto de 13 anos, chamado de Roland Doe.
Com o rosto todo banhado em lágrimas, contorcido pelo medo, Regan estava deitada de barriga para cima, segurando-se nas laterais da cama esteira. (...) O colchão sacudia violentamente de um lado para o outro. Pág. 85
E as cenas do livro, como anteriormente, são mais chocantes do que as mostradas no filme. Tipo, na famosa cena do crucifixo, que pode ser lida nas páginas 186 e 187, na edição de quarenta anos. Mas a cena que mais me assustou, de verdade, foi a do andar da aranha.
Caminhando como uma aranha, rapidamente, logo atrás de Sharon, com o corpo arqueado para trás a a cabeça quase tocando os pés, estava Regan, mexendo a língua sem parar enquanto sibilava e mexia as cabeça levemente para frente e para trás, como uma cobra. (...) Aonde Sharon ia, Regan a seguia. Pág. 120
Essa cena me deu um puta medo porque, imagina! Você sozinho em algum lugar da casa, vai até a cozinha e se depara com uma pessoa arqueada para trás, mexendo a cabeça para frente e para trás e a língua, te seguindo aonde quer que você vai!
E eu não tenho nem o que dizer sobre os personagens, ótimos também. Você simpatiza com todos eles, e eu fiquei ate com muito pena quando (SPOILER ALERT se você não leu o livro e nem viu o filme, é melhor não ler essa parte) os dois padres morrem no final. E Chris, é a personagem que eu mais gostei. Ela é uma mãe solteira com conflitos com o ex-marido, que é forte o bastante para conseguir suportar a coisa que ela estava conseguindo suportar, mas que tem alguns momentos de fraqueza. O padre Damien, um homem cético, abalado com a morte da mãe e que acha que está perdendo a fé, e Merrin, que já teve um passado com o demônio, e que quer de uma vez por todas expulsar ele do corpo de outra criança inocente. E eu também gostei do Karl, o empregado de Chris, que esconde um segredo de sua mulher, Willie. Eu acho que esse personagem deveria ter sido mais explorado no filme, do mesmo jeito que foi no livro.
Eu espero que você, meu caro leitor, tenha gostado desse post, e você deve ler esse livro antes de morrer, porque ele é ó, nota dez. Agora voltarei a ler "Lolita".
No ato de esquecer, eles tentavam se lembrar. Pág. 331

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