Se existe o melhor livro policial de estréia pode apostar que é O Misterioso Caso de Styles (título em português). Esse livro é simplesmente magnífico, sem mais nem menos, e Agatha Christie nesse livro, já sabe para o que veio. Fi tipo um: chupa otário para os críticos daquela época, porque uma mulher conseguia escreve um livro tão foda! E nem é para menos! Aqui já podemos perceber a genialidade de Agatha logo no seu primeiro livro e o modus operandi do assassino e o final, sempre chocante, que seria refeito em praticamente todos os seus livros.
Publicado em 1920, esse com certeza é um dos melhores romances policiais e um dos melhores da autora. É incrível como Agatha consegue te prender nesse livro, que, em cada página, você fica se perguntando: Vou ler só mais essa página, e quando você vê, você já está no final, na famosa explicação que ela sempre escreve no final do livro, e solta uma exclamação quando descobre quem é o assassino.
O livro é o seguinte: convidado por um velho amigo, John Cavendish, a passar uma enorme temporada na sua isolada casa de campo chamada de Styles, Mr. Hastings não sabe com o que vai deparar pela frente. Depois de conhecer todos na casa, inclusive a madrasta de John, Mrs. Emily Inglethorp, que se casou com Alfred, vinte anos mais velho que Emily. Quando Emily é encontrada convulsionando por todos na casa, e morre em seguida, as suspeitas recaem logo para Alfred. Mas, Mr. Hastings tem uma carta na manga, e essa carta na manga não é ninguém menos do que o famoso detetive belga Hercule Poirot, que estava entre um dos refugiados da Bélgica, e aceita resolver esse caso cheio de testemunhos desconexos, pistas falsar e traição.
Sabe, essa não era a primeira vez que a família de Agatha tinha um escritor e nem foi a primeira investida dela no mundo editorial. A mãe, Clara, e a irmã, Madge, já haviam escrito alguns livros e Agatha um "longe e monótono romance", e se a irmã de Agatha não tivesse desafiado ela, dizendo que ela não era capaz de escrever um bom livro de detetive, simplesmente não teríamos a nossa querida Rainha do Crime.
E, aqui temos pela primeira vez a figura de Hercule Poirot, que é o detetive ficcional mais conhecido do mundo, na minha opinião. O pequeno e excêntrico detetive belga faz aqui a sua primeira aparição, que é muio boa.
Aqui também temos vários suspeitos: Alfed Inglethorp, John Mary (esposa de John) e Lawrence (irmão de John) Cavendish, Evelyn Howard (amiga de Emily), Cyntia Murdoch (uma órfã, amiga da família de Emily), Dr. Bauersein (um toxicologista) e Dorcas (a empregada de Emily). O motivo? Todos, de alguma maneira, queria o dinheiro da velha, já que ela era muito rica devido ao testamento do marido anterior.
Todos tinham uma rasão e todos poderiam ter feito, já que ela havia sido envenenada com estricnina.
Bom, é só isso que eu vou falar sobre esse belo livro, um dos melhores que já li, de Poirot e de Agatha. Se você quiser comprar o livro, clique aqui, é uma edição muito boa, que ainda contém o final original, não publicado. Se delicie com esse livro de mistério, o primeiro caso de Poirot.
Nota: 10
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